Notícias

08.02.2013 - 14h01
Atenção: diagnosticados 3 focos de raiva herbívora na cidade
BUTIÁ - Desde o início de janeiro a Inspetoria já coletou 3 cérebros de animais que eram suspeitos, obtendo resultado laboratorial positivo em todos os casos. As localidades atingidas, em ordem cronológica de diagnóstico foram o Cerro do Roque, o Francisquinho e a Água Boa. Como estas localidades já estão em foco, a prioridade de coleta de novas suspeitas será para a ocorrência em novas comunidades.
Segundo a médica veterinária Grazziane Rigon, a doença é ocasionada por um vírus e é transmitida aos herbívoros através da mordida dos morcegos hematófagos contaminados.
A sintomatologia da doença nos animais se inicia de 30 à 60 dias após a mordida do morcego, existindo casos de até 90 dias.
- Portanto não é porque não enxergamos nenhuma lesão na pele do animal, que ele não tem a doença, explica Grazziane.
Alguns dos sintomas nos bovinos, como isolamento do animal, tristeza, engasgo, salivação, entre outros, podem passar despercebidos. Porém, o mais evidente, e que na maioria dos casos está presente, é a paralisia das patas, que se inicia normalmente nos membros posteriores. O animal começa com uma dificuldade de locomoção que evolui para a incapacidade de ficar de pé. A morte ocorre em 3 a 5 dias, após o início dos sintomas. Nos equinos a sintomatologia é bastante semelhante.
Os morcegos envolvidos na transmissão da doença são hematófagos, ou seja, se alimentam exclusivamente de sangue, e possuem atividade noturna. Costumam se abrigar em locais calmos e bastante escuros, onde normalmente encontramos vestígios de fezes sanguinolentas, que misturadas a urina, exalam um forte cheiro de amônia. Em geral os refúgios são próximos a uma fonte de água.
Para melhor esclarecimento da população, será realizada uma palestra, aberta ao público, no Balneário Ponte de Arame. A palestra será dirigida pela própria Grazziane e o veterinário Udo Erhardt.
- Para a prevenção da doença é necessário que todos os produtores de Butiá vacinem seu rebanho. Devem ser vacinados os bovinos, equinos, ovinos e caprinos. Na primeira vacinação, deve ser feito um reforço em 21 dias e após, uma vez ao ano. Os cães e gatos também podem ser vacinados. As vacinas podem ter indicações diferentes para cada espécie, por isso é importante obedecer sempre às indicações do fabricante (ler bula), explica.
- É importante também que cada produtor verifique em sua propriedade a presença de furnas (abrigo dos morcegos) e caso encontre, comunique a Inspetoria. Animais do rebanho com mordida de morcego também devem ser comunicados, finaliza a médica veterinária Grazziane.