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28.01.2012 - 11h17
Mãe angustiada procura o filho desaparecido
BUTIÁ- Já faz 60 dias que uma mãe aguarda por noticias de seu filho que sumiu da casa onde moram na Vila Charrua, apesar de muito procurar ela não encontrou nenhuma pista concreta que possa esclarecer o que aconteceu.

Foto: DIVULGAÇÃO

Nonohay Krumel Filho (Nino)

Desaparecimento
Desde o dia 28 de novembro do ano passado Dona Belinha como é conhecida não sabe noticias de seu filho, Nonohay Krumel Filho,(Nino) de 27 anos, que morava junto com ela em sua casa na rua João Zinelli, Vila Charrua. A mãe recorda como tudo aconteceu: “ Foi no período em que eu estive uma semana internada em um hospital em Porto Alegre, fazendo um tratamento, o Nino ficou sozinho em casa, e não atendia ao telefone, preocupada consegui uma liberação para vir em casa no domingo ver o que estava acontecendo. Quando cheguei ele estava em casa, então perguntei se estava acontecendo alguma coisa ele me disse que estava tudo bem e que tinha desligado o telefone para descansar, e não ser incomodado. Ainda um pouco preocupada voltei para o hospital para continuar meu tratamento, quando retornei na quarta feira ele já tinha saído de casa e ninguém sabia dizer onde ele estava”.
Atencioso
Apesar de ter problemas com relação a dependência de drogas, ele já esteve internado por duas vezes, fazia tratamento e tomava remédios, ele não era violento, nem agressivo, não tinha inimigos, ele estava trabalhando nas obras da arena do Grêmio, ia todos os dias bem cedo no ônibus já fazia mais de 3 meses. Era muito atencioso comigo, pois diariamente quando estava retornando para casa ele me ligava e dizia “mãe já pegamos o ônibus, estamos na ponte do Guaíba dentro de uma hora e pouco estamos aí”. Quando ele sumiu até o seu ultimo pagamento ficou no banco.
Comportamento estranho
Quando retornei para casa na quarta-feira, fiquei sabendo que ele não aparecia em casa já fazia 3 dias, que também não tinha ido mais trabalhar. Ele saiu de casa levando um ededron, e mais suas roupas , empenhou alguns calçados e uma japona no comercio da vila por R$10,00 cada peça, sei que ele abasteceu um veiculo, fez compras de bebidas, de carne, fez algumas compras em lojas, pois encontrei varias notinhas no seu quarto, junto com os seus documentos.
Chips
O mais estranho é que na minha ausência ele comprou 4 chips de celulares da operadora Claro, conforme descobri nestas notas, liguei para aqueles números, em um deles atendeu um tal de Roberto, ai eu perguntei este telefone não é do Nino, ele respondeu que sim, eu perguntei posso falar com ele? aonde é que ele esta, o tal Roberto me respondeu: está aqui em casa, perguntei ele esta parando com você? Ele me disse: as vezes sim, as vezes não, perguntei se o Nino estava bem, se eu podia falar com ele, mais uma vez o tal Roberto me disse que o Nino estava bem, mas eu não poderia falar com ele naquele momento pois ele estava no mercado, e o Nino estava em casa, disse que mais tarde ele me ligaria de volta. Só que depois disso ninguém mais atendeu este numero de telefone, fiquei muito preocupada depois deste fato e comuniquei tudo a policia.
Boatos
Neste período aconteceram muitas conversas, muitas pessoas falaram um monte de coisas, diariamente aparecia alguém dizendo que sabia o que tinha acontecido e onde ele estava, só que nada do que era dito se confirmava, foi um período muito difícil de angustia e incertezas.
Procura
Num primeiro momento procurei por ele em Porto Alegre, na delegacia central, nos hospitais, no São Pedro, mas nada encontrei, comecei a sentir uma angustia muito grande e comecei a procurar por tudo quanto é lugar, era só alguém falar que ele podia estar em tal local que eu ia atrás. Percorremos toda a sanga da cascata desde a BR- 290 até lá no alto do cerro, levando muitos choques ao passar por cercas eletrificadas.
Procurei também em todo o mato da gardiosa, em todos os poços e buracos, porque alguém tinha falado que ele estava lá, procuramos até dentro de um açude, onde um vizinho entrou para procurar. Fomos até um lugar chamado Saguão que fica para lá da ponte de arame, andamos por tudo quanto é picada e perau, acabamos encontrando um carniça, pensamos que o tínhamos achado, mas era um vaca morta.
O que aconteceu?
Mesmo eu fazendo tudo o que esta ao meu alcance para tentar encontrá-lo só vou descansar quando souber o que aconteceu, espero encontrar ele vivo, mas se estiver morto que ao menos os seus ossos sejam encontrados para que eu possa sepultá-los acabando com esta incerteza que dia a dia esta me consumindo, espero que nenhuma mãe passe por aquilo que estou passando. De noite quando estou deitada e escuto qualquer barulhinho, levanto rápido, eu vou até a janela para ver se não é ele que esta chegando.