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19.01.2013 - 09h58
Caso de raiva herbívora na cidade
BUTIÁ - Os municípios de Butiá e Minas do Leão devem ficar em estado de alerta devido ao diagnóstico de raiva herbívora na semana passada, na localidade do Cerro do Roque, em Butiá, próximo à divisa entre os dois municípios.
Como já divulgado nas páginas do semanário, a doença é transmitida por morcegos que se alimentam de sangue, contaminados com o vírus da raiva. Eles possuem a extremidades das orelhas pontiagudas, o lábio inferior tem uma fenda em forma de “V” e no nariz, uma estrutura que lembra uma ferradura.
Estes animais costumam fazer seus refúgios em locais próximos à fonte de alimentação e água, procurando alimento num raio de 5 a 8 km, normalmente.
É preciso que os produtores fiquem atentos aos sintomas iniciais da raiva em bovinos que são: isolamento do animal, tristeza, hiperexcitabilidade. A seguir, surgem sintomas que sugerem engasgo, salivação, tremores musculares, paralisia dos membros posteriores, os animais caem e apresentam movimentos de pedalagem; a morte ocorre entre 3 e 5 dias do início dos sintomas. Nos equinos, de uma forma geral, os sintomas são bastante semelhantes.
Em função da ocorrência de focos de raiva, os produtores desta localidade e proximidades devem vacinar o rebanho de bovinos, ovinos e caprinos, a partir dos 03 meses de idade do animal. A vacina deve ser repetida em 21 a 30 dias e após, uma vez ao ano. Os equinos, assim como os cães, também podem ser vacinados. As vacinas podem ter indicações diferentes para cada espécie, por isso é importante obedecer sempre às indicações do fabricante (ler bula).
- Aqueles produtores com ocorrência de mordeduras de morcegos nos animais, devem comunicar a Inspetoria Veterinária e indicar os possíveis locais de refúgio (furnas) para o combate. Importante ainda, é comunicar quando ocorrerem sintomas compatíveis com a doença. A raiva não tem cura e em até 24 horas após a morte dos animais, a Inspetoria pode coletar o cérebro e enviar para a análise laboratorial à procura do diagnóstico, explica Grazziane Rigon, médica veterinária da Inspetoria de Butiá.