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22.06.2012 - 15h52
Carvão mineral em baixa na rio+20
RIO DE JANEIRO- O que era esperado se confirmou. O carvão mineral esteve em baixa nas discussões entre a sociedade civil, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - a Rio+20, realizada entre os dias 13 e 22 de junho, dentro do “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”.
O jornalista Tafael Medeiros, oriundo da região Carbonífera, que integrou a comitiva da Juventude Socialista Brasileira do Rio Grande do Sul (JSB/RS), na condição de secretário estadual de Comunicação, mostrou-se preocupado com a situação do carvão, que foi levantada durante o painel “Energia Sustentável para Todos”, realizada no dia 18 de junho, no Riocentro, dentro dos Diálogos. “Infelizmente, a sociedade pintou o carvão como um monstro que acabará com o meio ambiente. A emissão de CO2, principal elemento de ataque ao mineral feito pelos ambientalista, é o mesmo que saem dos incontáveis veículos que circulam nas nossas cidades e rodovias todos os dias. O que devemos discutir é o investimento em tecnologias que diminuem o impacto, e não a eliminação da geração de energia a partir deste fóssil”, ponderou Medeiros, ao ressaltar que deve ser levado em consideração que o público presente era basicamente o que entende ser a energia renovável o único meio de geração de energia limpa.
Tafael salientou que, mesmo com a as notícias negativas trazidas do Rio de Janeiro, o carvão continua tendo o apoio do governo estadual, o que pode viabilizar a expansão da geração energética a partir das térmicas a carvão. “Há a intenção de se iniciar uma pressão ainda mais intensa do setor sobre o governo federal após a realização da Rio+20. É necessário esperar esfriar o debate ambiental para que possamos voltar a defender esse mineral, o mais forte elemento da nossa economia regional”, afirmou o jornalista.
Fazendo um comparativo, o secretário da JSB disse ainda que, enquanto o carvão é responsável por 40% da energia gerada no mundo, o Brasil possui um papel inexpressivo nessa matriz. “Os Estados Unidos da América tem o carvão presente em 62% da sua geração, a China, principal país em desenvolvimento hoje, pretende chegar a 75%, enquanto isso, nosso País perde a oportunidade de terminar com seus problemas energéticos”, lamenta o secretário.