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21.09.2012 - 14h37
Presença de muitos jovens tradicionalistas no desfile
BUTIÁ – Seguindo uma tradição arraigada a cultura riograndense, o Desfile Farroupilha em Butiá, reuniu um grande numero de tradicionalista que desfilou na bela manhã de quinta-feira, 20. Um excelente público tomou conta da Avenida Piratini assistir a passagem de centenas de cavaleiros. Este ano os homenageados foram Ana Beatriz Lima de Souza e Fernando Menezes Marques.
A atividade iniciou às 8h com a chegada da Chama Crioula, que foi trazida do Acampamento Farroupilha, pelos patrões das entidades tradicionalistas. Durante a execução do Hino Nacional foram hasteadas as bandeiras. Encerrada esta solenidade os tradicionalistas retornaram para o Parque de Exposições, para acompanharem suas entidades que se dirigiam para o centro da cidade para participarem do desfile. Segundo informações, a dificuldade para cruzarem a BR 290 atrasou a chegada na concentração, demorando um pouco para passarem pela Avenida Piratini.
Este ano o desfile iniciou com os CTGs Saudades do Pago e Vaqueanos da Querência que desfilaram a pé. Logo após veio a Sorei com a faixa não ta morto quem peleia. Iniciando o desfile da cavalaria, novamente os dois Centro de Tradições Gaúchas, Saudades do Pago e Vaqueanos abriram a programação. Portando as bandeiras do Brasil, Rio Grande e das próprias entidades começou a passagem dos gaúchos. Na seqüência desfilou o Piquete de Laçadores Os Maragatos.
O Grupo de Cavalgadas Pé no Estribo, foi o próximo a desfilar, trazendo além das Bandeiras do Brasil, Rio Grande e do grupo, a Bandeira da Paz, do ONG Butiá Cidade da Paz. As duas entidades são organizadoras da Cavalgada da Paz, que voltará a ser realizada no ano que vem.
Depois desfilaram o Piquete de Tradições Gaúchas Mate Amargo que recebeu a companhia do Campo de Instrução Butiá. Seguindo o Grupo Amigos do Galpão, o Piquete de Tradições Gaúchas Jerônimo Lopes e Piquete de laçadores Recanto Verde. A Associação de Moradores das Três Localidades, além dos cavaleiros, trouxe um carretão com uma churrasqueira instalada, onde assavam dois quartos de ovelha, fazendo propaganda da Festa Rural, onde a maior atração é o churrasco de Cordeiro Mamão.
O encerramento do desfile foi com o Piquete de Laçadores Sinuelo da Querência e o Grupo de Cavalgadas Alfeu de Oliveira.
Chamou a atenção à participação de dezenas de crianças e até bebês, que fizeram companhia para os pais, inclusive na garupa dos cavalos. Encerrado o desfile a Chama Crioula foi conduzida novamente para o parque de Exposições Assis Almeida, onde prosseguiu as atividades da Semana Farroupilha.
No inicio da tarde, no Acampamento Farroupilha houve o torneio de Vaca Mecânica e diversas apresentações artísticas com o Universo em Dança, o Grupo Xiru do Zeca e a Invernada Artística do Instituto Estadual Marechal Rondon.
As 18h foi feito o arriamento das Bandeiras e a extinção da Chama Crioula. As 19h a Banda Karaguatá fez a apresentação de encerramento do VII Acampamento Farroupilha de Butiá.

OS HOMENAGEADOS
FERNANDO MARQUES

Nasceu em São Jerônimo, no dia 11 de agosto de 1937. Serviu o exército, onde foi cabo Operador de Rádio, durante um ano, mas não quis seguir carreira. Trabalho como açougueiro em Triunfo, durante quatro anos e também foi mineiro, mas a vida no campo, o cavalo e o laço sempre foram sua paixão. Resolveu voltar para casa para ajudar a família e foi na trabalhar na Fazenda Bela Vista em São Jerônimo.
Aos 32 anos casou com Herondina Vaz Marques, vindo morar em Butiá, no Capão Comprido, onde permaneceu por 18 anos. Com o nascimento dos filhos Paulo Henrique e Paulo Fernando, veio para a cidade, para que os filhos pudessem estudar. Em 1984 escolheram a Fazenda Quero-Quero, onde estabeleceram residência em moram até hoje. Sempre na lida do campo criou seus filhos e os netos Fernanda, João Pedro, Carlos Henrique e Carlos Eduardo nesta atividade.
Fernando Marques um gaúcho de verdade. Um grande tradicionalista.

ANA BEATRIZ LIMA DE SOUZA

Nasceu em Porto Alegre e tem uma filha, Jorgiane. Iniciou sua caminhada no tradicionalismo por incentivo de seu pai, o Seu Dino, que a colocou na invernada mirim do CTG Saudades do Pago, aos seis anos. Três anos depois ganhou uma gaita de presente, no Natal, iniciando as aulas com a professora Elizabeth Lenzzi.
Aos 13 anos já atuava como gaiteira das invernadas do CTG Saudados do Pago, onde permaneceu por 30 anos. Neste período acompanhou Primeiras Prendas e Peões em diversos concursos. Foi Primeira Prenda da 2ª Região Tradicionalista em 1973. Em 2002 foi homenageada na Semana Farroupilha, como a Legítima Mulher Gaúcha.
Em um intercâmbio entre Butiá e Santo Amaro, no Estado de São Paulo, participou coma invernada do Saudades, do Programa Clube dos Artistas, da TV Tupi.
Acompanhou a Cia. De Arte Universo em Dança. Em turnê pelo Ceará. Hoje é oficineira da Invernada Mirim do Instituto Estadual Marechal Rondon.