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23.11.2012 - 14h38
Nutricionista fala sobre diabetes
BUTIÁ - Na quarta-feira, 14, é o dia nacional do combate à diabetes. Uma doença muitas vezes silenciosa e que já atingiu aproximadamente 10 milhões de brasileiros, de acordo com os últimos estudos. A apresentação de casos novos continua crescendo de maneira alarmante.
A diabetes é a incapacidade do pâncreas em produzir a quantidade de insulina necessária e, consequentemente, causa um aumento anormal do açúcar ou da glicose no sangue. A doença pode causar algumas complicações como amputação de membros, cegueira definitiva e longo prazo para tratamento de dialise.
Existem alguns métodos preventivos para a doença, hábitos de vida, controle do peso, dieta alimentar balanceada, atividade física regular e ter controle periódico médico para controlar os níveis glicêmicos. Alguns acontecimentos podem ser sinais da doença como vontade de urinar diversas vezes, cansaço inexplicável, muita sede, aumento do apetite, perda de peso, visão embaçada, câimbras, formigamento dos pés e infecções na pele.
Para saber um pouco mais sobre esta doença silenciosa que afeta muitas pessoas, entrevistamos a nutricionista Daiane Santos Schneider que diz,
- O diabetes afeta cerca de 12% da população no Brasil, aproximadamente 22 milhões de pessoas. Segundo uma projeção internacional, com o aumento do sedentarismo, obesidade e envelhecimento da população o número de pessoas com diabetes no mundo vai aumentar em mais de 50%, passando de 380 milhões em 2025.
Daiane explica que a glicose é a principal fonte de energia do organismo porém, quando em excesso, pode trazer várias complicações à saúde como por exemplo o excesso de sono no estágio inicial, problemas de cansaço e problemas físicos-táticos em efetuar as tarefas desejadas. Quando não tratada adequadamente, podem ocorrer complicações como ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, amputação do pé e lesões de difícil cicatrização, dentre outras complicações.

TIPOS
Existem vários tipos de diabetes porém há 3 tipos mais frequentes de diabetes:
Diabetes tipo 1: Aparece quando o Sistema imunitário do doente ataca as células beta do pâncreas. A causa desta confusão ainda não foi definida. O tipo de alimentação, o estilo de vida, não têm qualquer influência no aparecimento deste tipo de diabetes.
Normalmente se inicia na infância ou adolescência, e se caracteriza por um déficit de insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas. Só cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas tem diabetes tipo 1, a qual se apresenta mais frequentemente entre jovens e crianças. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela devem receber injeções diárias de insulina.
Diabetes tipo 2: Tem mecanismo fisiopatológico complexo e não completamente elucidado. Parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à insulina, levando ao fenômeno de resistência à insulina. As células beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão.
Desenvolve-se frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a associação com a obesidade e idosos. Este tipo de diabetes esta muito relacionado ao estilo de vida, sedentarismo, habitos alimentares incorretos e obesidade.
Diabetes gestacional: Também envolve uma combinação de secreção e responsividade de insulina inadequados, assemelhando-se à diabetes tipo 2 em diversos aspectos. Ela se desenvolve durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebê. Embora possa ser temporária, a diabetes gestacional pode trazer danos à saúde do feto e/ou da mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 mais tardiamente na vida.
A diabetes gestacional (DMG) ocorre em cerca de 2% a 7% de todas as gravidezes. Ela é temporária e completamente tratável mas, se não tratada, pode causar problemas com a gravidez, incluindo macrossomia fetal - peso elevado do bebê ao nascer, malformações fetais e doença cardíaca congênita. Ela requer supervisão médica cuidadosa durante a gravidez.


PREVENÇÃO
A nutricionista explica que o diabetes tipo 2 pode ser previnido com hábitos alimentares saudáveis, exercícios físicos, emagrecimento e redução no consumo de açúcares, gorduras, sal, temperos prontos e produtos industrializados.
- Também é importante reduzirmos o consumo de lanches como pizzas, hamburgues, cachorro quente, entre outros alimentos de fast food e refrigerantes em geral. É importante aumentarmos o consumo diário de frutas, verduras, água no mínimo 1,5 litros dia e repensar nossa rotina diária evitando o sedentarismo.
Embora ainda não haja uma cura definitiva para o diabetes, há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador, finaliza a nutricionista.